19 de mai. de 2010

Diploma de felicidade

Voltar para a faculdade depois dos 50 anos torna-se cada vez mais comum

Por Alice Sarkis

Encontrar pessoas mais velhas em atividades que antes só eram exercidas por jovens não é mais estranho. Prova disso são as universidades, que tem recebido um número maior de pessoas com idade superior a 50 anos. Elas estão interessadas em conhecimento, socialização e muitas vezes na realização de sonhos que não foram possíveis no passado. O Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), por exemplo, já é freqüentado por alunos mais velhos. Os cursos mais procurados são Jornalismo, Gastronomia e Psicologia.

Os estudantes têm a chance de adquirir conhecimento e fazer novos amigos. Muitos percebem que podem entrar numa universidade independentemente da idade. Alguns até preferem estudar agora. É o caso da recém formada em Direito e aposentada, Virginia Costa, 54. “Na minha juventude, tinha muito serviço em casa e filho para cuidar. Não sobrava tempo para o estudo”, ressalta a bacharel que ainda está em dúvida qual área seguir.

Para muitas pessoas, fazer um curso após a aposentadoria não é só a busca por um diploma, e sim a oportunidade de dar mais ânimo à vida. O estudante de arquitetura Roberto Ramos, 60, cursa o 6° semestre e gosta do convívio com os jovens. “Estar aqui com eles todos os dias é agradável e animado”, afirma. Segundo ele, todos os alunos o tratam igualmente.

Um caso curioso é o da estudante de medicina Alessandra Cunha, 23, que tem como colega de classe a própria mãe, Aurora Cunha, 50. Na faculdade, todos as recebem de maneira muito positiva. Os estudantes gostam de ter Aurora como colega, pois se relacionam bem com as duas. Segundo a turma, a idade não interessa: o importante é sempre estar disposto a aprender.

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