9 de jun. de 2010

Universidade aberta para idosos

Centro de Convivência resgata a importância de se aprender a viver na terceira idade

Por Gabriella Bontempo

Maria Pereira, 68 anos, foi criada sem os pais numa época em que o machismo invadia até as salas de aula. Depois de crescer sem alfabetização, há dois meses, está aprendendo a ler e a escrever em um projeto do Centro de Convivência do Idoso (CCI), da Universidade Católica de Brasília. “Temos que valorizar esse trabalho. É uma oportunidade única na minha vida”, afirma Maria Pereira.

A professora Maria Eloisa explica que, como ela, mais de 50 alunos deixaram o orgulho de lado para aprender o bê-a-bá. Segundo ela, o projeto que existia foi reformulado em fevereiro deste ano e já conta com 420 idosos e mais 100 voluntários, que participam das atividades e colaboram em oficinas. Cada idoso pode optar por três aulas, dentre ginástica, musculação, capoterapia, dança de salão, Tai Chi Chuan, Inglês, Espanhol, alfabetização, informática, coral e oficinas de artesanato.

O CCI é coordenado pela professora Zilda Pessoa e conta com mais seis profissionais de diversas áreas, que desenvolvem projetos de integração do idoso na universidade. O centro ainda recebe ajuda de voluntários que auxiliam no ensino e aprendizado do idoso.

Durante a aula de alfabetização, são ensinados além das letras e números, o Estatuto do Idoso. A professora Maria Eloisa explica que é importante conhecer os direitos e deveres para fazer cumpri-los. Como alunos aplicados, eles prestam atenção e participam com opiniões. “Aqui eles desenvolvem sua interação com a sociedade e melhoram a auto-estima”, completa.

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