25 de mai. de 2010

Vestir-se bem é regra para todos

Encontrar lojas de roupa voltadas para a terceira idade é o desafio que muitos com mais de 50 anos encontram na hora de se vestir

Por Flaviana Damasceno

A expectativa de vida no Brasil tem aumentado a cada ano. Com isso, a população de idosos se torna cada vez mais ativa na sociedade. O mercado da moda no Distrito Federal não mostra muito empenho em atender esse público, que se acostumou a usar os mesmos modelos e as mesmas cores. Os empresários que se atentarem a esse espaço, portanto, terão chances de obter grande retorno financeiro.

A butique Dyjô é uma das poucas lojas que tem como público-alvo pessoas mais velhas. A vendedora Sandra Bezerra, 23, trabalha na loja há seis meses e conta que, de 10 clientes que entram para comprar, nove são idosos e geralmente ninguém sai de mãos abanando. “Eles não saem de casa pra bater perna no shopping. Saem para comprar mesmo”, explica. As principais peças vendidas na loja são as calças com elástico e os vestidos clássicos, na maioria das vezes em tons pastéis.

A aposentada Maria de Lurdes Moreira, 81, é cliente da loja há mais de 30 anos e gosta das peças mais discretas. A aposentada acredita que o importante é se sentir bem. “Temos que nos vestir com o mínimo de senso, porque roupa curta é coisa pra jovem. É claro que existem exceções. A Hebe Camargo, por exemplo, deixa as costas aparecerem e fica linda”, justifica. Já a administradora Maria Miranda, 56, compra roupa em vários tipos de lojas. Ela gosta de usar calça jeans, blusa mula-manca e vestidos – mas estes, abaixo do joelho. “Eu acho joelho de idoso muito feio. Gosto de estar na moda, mas sei identificar o que é ridículo”, diz.

Para o consultor em design de moda Marco Antônio Vieira, 37, o erro mais comum desse público na hora de se vestir é a dificuldade do equilíbrio entre tentar parecer mais jovem, por meio da roupa, e parecer excessivamente envelhecido. O consultor reconhece que o mercado carece de ofertas mais específicas para a terceira idade. “É fundamental que as pessoas dessa faixa etária possam contar, sempre que possível, com o auxílio de um consultor de imagem”, sugere Marco Antônio.

Dicas
O consultor Marco Antônio dá algumas para não errar na hora de se vestir:
- Evite a todo custo apelar para roupas excessivamente curtas, como mini-saias e “tops”;
- Evite roupas demasiadamente juvenis, com cores florescentes e muito brilho;
- Evite roupas que mumifiquem a aparência.

Onde encontrar
Além da butique Dyjô, no Conjunto Nacional, a loja Ki-Graça, na 209 Sul, também é especializada em roupas para a terceira idade. A Ki-Graça possui muitas alternativas interessantes, principalmente para números maiores, mas só atende o público feminino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário