24 de mai. de 2010

Osteoporose: a doença invisível

Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o mal como a epidemia silenciosa do século

Por Carolina Paccini

Doença crônica que atinge os ossos torna-os frágeis e mais fáceis de fraturar. Mais de 75 milhões de pessoas na Europa, Japão e EUA, são acometidas pela osteoporose, causando mais de 2,3 milhões de fraturas anualmente, segundo a OMS. Considerando o último censo do IBGE, a Sociedade Brasileira de Osteoporose estima que existam 5,5 milhões de brasileiros com o mal. A Cartilha da Secretaria de Saúde do Distrito Federal do Programa de Prevenção e Diagnóstico de Osteoporose estima que 30% das mulheres brancas e 20% dos homens brancos após 50 anos terão pelo menos uma fratura por causa da doença.

Coordenadora do programa no DF, a reumatologista Helenice Gonçalves explica que desde cedo as pessoas precisam se precaver. “A prevenção deve ocorrer desde criança para que forme uma boa massa óssea”.

Para alguns idosos, a descoberta acaba sendo uma forma de adquirir novos hábitos, como a busca por atividades físicas como forma de tratamento. É o caso de Leda Machado de Souza, 66, que foi diagnosticada há cerca de um ano. Por ordem médica, aumentou o consumo de peixe, alimento rico em Ômega 3, e passou a praticar exercícios. Começou com aulas de dança e faz musculação no Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Atividade Física para Idoso, GEPAFI, que fica na Universidade de Brasília, UnB.

Terezinha Parente, 70, descobriu que tinha osteopenia, perda da massa óssea, que se transformou em osteoporose há dois anos e meio. Teve que mudar a alimentação, tomar cálcio e diminuir o café, além de se medicar contra a doença uma vez por mês e pegar mais sol.

A professora de Educação Física especializada em reabilitação e qualidade de vida do idoso do GEPAFI, Carolina D’umbra, explica a importância do exercício na terceira idade. “Assim, ganham massa muscular e óssea que perderam ao longo do envelhecimento”. Ela aponta outros benefícios das atividades físicas. “Há melhora na circulação e condicionamento físico. Criam independência e disposição, além de aumentar o convívio social”, completa.

Quem sofre desse mal só sente dor quando ocorrem lesões. Não existem sintomas visíveis. Por isso, quem está com 70 anos ou mais deve fazer o exame de densitometria, que verifica se há perda da massa óssea, de acordo com a cartilha da Secretaria de Saúde do Programa de Prevenção e Diagnóstico de Osteoporose.

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