15 de out. de 2009

Cuidador de idosos,a profissão do futuro

Por Leandro Duarte

Em todo Brasil, são mais de 14,5 milhões de idosos. No Distrito Federal, o número de pessoas na terceira idade chega a 14%, aproximadamente 350 mil. Com o envelhecimento da população do país, uma nova classe trabalhadora foi criada, o cuidador de idosos. Hoje, a procura pela especialização na área está cada vez maior. Somente no DF, mais de 200 pessoas estão cadastradas no Governo do Distrito Federal (GDF) para fazer cursos.

Este novo profissional vem capacitado para substituir ao familiar, que muitas vezes era encarregado de cuidar do ente mais antigo da família, e do enfermeiro, opção mais cara. O cuidado no domicílio visa proporcionar o convívio familiar e diminui o tempo de internação hospitalar, reduzindo complicações decorrentes de longas perídos no hospital.

Para se tornar um cuidador de idosos é preciso ter muita disposição, noções de estética e psicologia, como disse Deuzina de Almeida, 51 anos, 12 como cuidadora de idosos. “Para cuidar de idosos você tem quer ter muita paciência e nunca ter nojo. Por exemplo, eu cuido de um senhor de 72 anos que já teve três derrames. Ele necessita que eu troque suas fraldas, dê alimentação na boca, cuide de toda sua higiene”.

Deuzina concluiu dando dicas aos novos profissionais. “Um diferencial para ser bom profissional é tentar sempre elevar a auto-estima do idoso. Sempre deixá-lo na estica, muito bem tratado esteticamente. Outro fator importante é conversar, procurar conhecê-los. Muitas vezes eles são muitos sozinhos e tudo que precisam é de alguém para ouvi-los.”

Para que o profissional esteja habilitado, é fundamental que possua algum curso para cuidador de idoso, como explica a vice diretora da Associação Nacional de Gerontologia (ANG/DF) Luciana Campos Barros Leite. “Fazer um curso de gerontologia ou para ser cuidador, além de ser de extrema importância, na hora do cuidado clínico e estético com o idoso é fundamental para que o profissional tenha conhecimento aprofundado sobre o estatuto do idoso, os direitos jurídicos, o aspecto trabalhista, o bom convívio com a família do assistido, seus diretos e deveres enquanto profissional da área.”

O crescimento da categoria pode ser contabilizado além do número de profissionais cadastrados no GDF. São inúmeras instituições que disponibilizam cursos de gerontologia. Inclusive, existem cursos à distância via internet. Em Brasília, a ANG/DF organiza uma vez por ano, um encontro de cuidadores para debate da profissão e reciclagem dos profissionais. Para Luciana Leite, muita coisa ainda há de ser feita para a profissão, como sua regulamentação. “Regulamentar a profissão é de extrema importância. Pois assim, o profissional poderá se qualificar,e ser exigido para que tenha especialização.” e a criação de associações locais.

Outro fator importante para profissão destacado pela vice diretora, foi a criação de associações locais para cuidadores.“ Outro fator necessário é o desenvolvimento de agregações. Além de dar respaldo aos profissionais, pode ser o elo entre o contratante e o contratado, possibilitando assim, a contratação mais rápida e com aval profissional.

O cuidador de idoso pode ganhar em média entre um e três salários mínimos,mas este número varia,dependendo do acordo feito com as famílias, clinicas, hospitais. O curso disponibilizado pela ANG custa R$ 300 reais. São 120 horas divididas entre aulas teóricas e práticas.O GDF disponibiliza uma vez por ano,um curso gratuito com as mesmas 120 horas (80 horas teóricas e 40 horas práticas),entretanto limitando o numero de candidatos a 50 por etapa.

Serviço
Informações sobre cursos
ANG- (61) 3349-3985
GDF - por intermédio do disque idoso – 0800 6441401

* Agência Terceiro Olhar - notícias e direitos da terceira idade, disciplina “Agência de Notícias”, Instituto de Educação Superior de Brasília - IESB

Nenhum comentário:

Postar um comentário