27 de set. de 2009

Vacina contra gripe para população idosa ganha força ao longo do tempo

Fábio Marques

Depois de um período de queda na cobertura vacinal no ano 2000, o índice de idosos vacinados nos anos seguintes aumenta e chega a 2009 com resultados acima da meta.


A campanha de nacional de vacinação contra influenza (gripe) fechou sua 11º edição com números animadores. Este ano, da população total de 19.428.086 idosos, 16.068.475 foram vacinados, ou seja, uma cobertura de 82,71% da população, acima da meta prevista, que era de 80% da população-alvo.

Idealizada em 1998 as campanhas de vacinação trazia mais qualidade e expectativa de vida para os idosos, tendo em vista a redução de complicações pela gripe e do número e óbitos pela doença.

Apesar de em 1999 uma boa parte da população alvo ter se vacinado, no ano 2000 a cobertura vacinal teve queda. Como demonstra os dados do Programa Nacional de Imunizações e pesquisa divulgada no Boletim Epidemiológico Paulista (BEPA), a mesma apontou que a maioria acabou não se vacinando por medo de eventuais reações. Outro fator foi o baixo incentivo dos médicos em indicarem a vacina, o que dificultou ainda mais a ida dos idosos aos postos de vacinação na época.

Com o tempo, este pensamento foi mudando e a população idosa percebeu os benefícios da vacina e a adesão gradativamente foi aumentando, ano após ano durante as campanhas. Entre os brasileiros vacinados esta a Dona Márcia Magalhães, de 61 anos que garante ir todos os anos se vacinar. “A vacinação é importante, né? Por que a gente se livra da gripe, tem mais disposição para curtir a vida, por isso eu me vacino todo ano, pra não gripar mesmo”, sorri.

Entretanto algumas pessoas não pensam assim, é o caso do senhor Geraldo Borges, 65 anos que confessa nunca ter se vacinado. “Em 65 anos de vida nunca precisei tomar uma vacina. Nunca adoeci.” E ressalta: “Não tomo não, tenho uma saúde boa, forte, então pra que eu vou tomar vacina?!”

Esse pensamento precisa mudar para a saúde melhorar diz a técnica do Programa Nacional de Imunização Sirlene Pereira “A influenza é contagiosa e, por este motivo, rapidamente dissemina-se. A vacina é a melhor tecnologia disponível para a prevenção da influenza e suas conseqüências, proporcionando redução da morbidade e dos gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias”.

Pesquisas
Estudos encomendados pelo Ministério da Saúde mostram que a vacina contra influenza diminui entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e em 39% a 75% a mortalidade global. Entre os residentes em lares, pode reduzir o risco de pneumonia em, aproximadamente, 60% e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% e 68%dos casos.

De acordo com o Ministério da Saúde a adesão a vacina vem diminuído o número internações por complicações pela doença, o que aumentado a expectativa e a qualidade de vida das pessoas idosas. A Organização Mundial da Saúde - OMS estima que, em duas décadas (nas próximas duas?), o Brasil será o 6º país do mundo em população de idosos, o que requer políticas públicas específicas que garantam um envelhecer saudável.

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