1 de abr. de 2010

Nova corrida promove inúmeros benefícios sem oferecer riscos à saúde

Prática de corrida em piscina profunda aceita atletas em quaisquer condições físicas e ganha espaço em Brasília


Por Samuel Bessa

Itiberê Ribeiro, 73, teve uma vida extremamente ativa. Prova disso são os troféus que coleciona da época em que era jogador profissional de futebol. “Quando cheguei a Brasília, em 1959, fui campeão do primeiro torneio que aconteceu na nova capital”, gaba-se. O tempo, no entanto, trouxe as consequências de longos anos de maus-tratos com as articulações durante as centenas de partidas de futebol disputadas. Uma artrose no quadril acometeu o atleta e o impediu de manter-se em forma. O problema não deixava Itiberê sequer caminhar. A musculatura da perna começou a atrofiar. Até que sua terapeuta indicou uma atividade que o fez recuperar 90% dos movimentos: o deep water running. “Hoje, além de voltar aos exercícios físicos, me divirto com o pessoal do treino e ainda esqueço das chateações do dia-a-dia”.

O deep water running nada mais é do que uma corrida em piscina funda. Presos por um colete afixado na altura da cintura, os praticantes flutuam e fazem exercícios com as pernas e braços se movimentando em velocidade na água. Simulando as passadas do atletismo, a atividade oferece fortalecimento e regeneração muscular, recuperação da coordenação motora, flexibilidade, emagrecimento e benefícios aos sistemas respiratório e cardiovascular. O melhor de tudo isso é que articulações não sofrem impacto. Portanto, a prática é indicada para sedentários, obesos, diabéticos ou quaisquer outros. Não é necessário nem saber nadar. Basta vontade de enfrentar a força de resistência da água, que é 12 vezes maior do que a do ar. A recompensa do esforço é qualidade de vida, bem-estar físico e mental.

Especialista do esporte no Distrito Federal, o professor Carlos Roberto Borges Motta dá aulas de deep water reunning desde 2002 e hoje oferece treinos no clube da Assefe, no Setor de Clubes Sul (www.acquatreino.com). Ex-jogador de futebol e atleta de rua, Carlos Roberto conheceu a prática em 1991. Ao estudar Educação Física, direcionou seus estudos de graduação e pós-graduação para o esporte. Ele alerta para o perigo de frequentar aulas de profissionais sem capacitação. “Os benefícios da corrida na água são inúmeros, desde que realizada da maneira certa. Se praticada com a postura incorreta, a atividade pode ocasionar resultados negativos. É fundamental procurar um profissional reconhecido para não se arrepender depois”, alerta.

Roberta Lopes Veredo, 73, é um exemplo do poder regenerativo da corrida aquática. Ao sofrer tendinite aguda e necrose óssea no joelho direito, passou pela experiência de ter que andar de cadeira de rodas. Ela conta que não imaginava vencer a batalha contra as doenças tão rápido. “Ao passar do tempo, sentia meus músculos se fortalecendo. Com um trabalho direcionado, paciência e muita dedicação, consegui deixar a cadeira de rodas em incríveis 3 meses. Além de proporcionar os benefícios físicos, nos treinos viramos amigos e ajudamos um ao outro. Hoje posso dizer que, graças ao deep water, estou totalmente curada”, alegra-se.

Assista ao vídeo de uma aula de deep water running e lembre-se: a prática só é indicada sob a supervisão de profissionais capacitados.

2 comentários:

  1. Uhuuu!!!!

    Amei o novo layout. Ficou show de bola! Parabéns Leo e Samuel!

    Bjos

    ResponderExcluir
  2. Muito lega, mas não dá pra tirar a tabulação no início dos textos e o subtítulo pra ficar com mais cara de blog? Valeu!

    ResponderExcluir